Em movimento em SP
Por Crustcore 09/12/2003 às 17:46 Um grupo de três skinheads atirou para fora de um trem em movimento dois jovens de 20 e 16 anos, na cidade de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.
O crime aconteceu ontem à noite (domingo, 07 de dezembro de 2003) na proximidade da estação Brás Cubas. O grupo de skinheads fugiu na primeira parada do trem.
Os jovens atirados para fora do trem ficaram gravemente feridos e um deles teve o braço amputado enquanto o outro está em estado grave, com coma induzido.
A assessoria de imprensa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) confirmou a ocorrência do crime.
Usuários das linhas da CPTM queixam-se do crescimento dos crimes de intolerância no interior dos vagões.
Ordem dos skinheads a jovens seria pular do trem ou morrer
Testemunhas que presenciaram os dois jovens se jogarem de um trem em movimento, na estação Brás Cubas, em Mogi das Cruzes (SP), disseram que a ordem foi dada por três skinheads que disseram: "Ou pula ou morre".
Câmeras da estação flagraram o momento da queda de Cleiton da Silva Leite, 20, e de Flávio Augusto do Nascimento, 16, que sofreram ferimentos graves.
As câmeras das estações Brás Cubas e Mogi das Cruzes da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) captaram imagens dos suspeitos de obrigarem os dois jovens a pularem do trem. Imagens da queda também foram gravadas.
Os skinheads também foram filmados quando desembarcaram tranqüilamente na estação Mogi. Eles estavam vestindo calças jeans, botas e jaquetas verdes, de estilo militar. De acordo com a CPTM, os suspeitos são brancos, carecas, vestiam jaquetas e camisas verdes, calça jeans e coturno. Um deles carregava uma machadinha.
As imagens devem ser entregues pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para a polícia. Queda
Segundo testemunhas, o trio ameaçou os jovens com uma machadinha e um tchaco - arma formada por dois bastões unidos por uma corrente a eles. Assustados, os jovens teriam então pulado.
As vítimas caíram num espaço de cerca de 30 centímetros entre a composição e a plataforma da estação. O trem passou sobre o braço direito de Nascimento e foi necessário amputá-lo. O estado mais grave é o de Leite, que sofreu traumatismo craniano grave, com exposição de massa encefálica.
As camisas das vítimas, que exibiam nomes de bandas de rock, como cólera e ramones teriam motivado a ação dos skinheads - conhecidos pela intolerância em relação a nordestinos, negros, homossexuais, extrangeiros, punks e roqueiros. Outros ataques
O caso de violência envolvendo skinheads são muitos, porém o de maior repercussão nos últimos anos foi a morte por espancamento do adestrador de cães Edson Neris da Silva na praça da República, em plena região central de São Paulo.
Na madrugada do dia 6 de fevereiro de 2000, ele e Dário Pereira Neto, que conseguiu fugir, foram atacados por um grupo de skinheads na praça. O motivo do ataque seria o fato de as vítimas terem sido vistas de mãos dadas.
Minutos depois do crime, a polícia prendeu 18 acusados em um bar próximo ao local do espancamento. Um deles, em depoimento, admitiu que eles integravam o grupo Carecas do ABC, conhecidos por pregar e atacar as minorias.
Em dezembro do ano passado, o último dos nove suspeitos de matar o adestrador foi condenado. Sete do grupo foram condenados a penas de até 21 anos e dois, absolvidos. Os outros foram acusados de formação de quadrilha. Crime
O crime ocorreu por volta das 21:10 hs na linha E da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Os dois rapazes foram obrigados a se jogarem do trem nas proximidades da estação Brás Cubas, em Mogi.
De acordo com a CPTM, as vítimas estavam acompanhadas das namoradas.
Estado de jovem obrigado a pular de trem é grave
O estado de saúde de um dos dois rapazes obrigados a pular de um trem em movimento, domingo à noite, dia 07 é grave. Cleiton da Silva Leite, de 20 anos, sofreu traumatismo craniano grave, com exposição de massa encefálica. Ele está na Unidade de Terapia Intensivo (UTI) do Hospital Regional de Mogi das Cruzes. Ele sofreu um corte profundo na testa, foi operado na noite de ontem e encontra-se em coma, respirando por aparelhos.
O outro rapaz, que seria menor de idade, sofreu amputação do braço direito. Ele está consciente e apresenta quadro clínico estável.
A Assessoria de Imprensa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou que as câmeras instaladas nas estações de Brás Cubas e Mogi das Cruzes captaram imagens do momento em que os jovens foram obrigados a saltar.
Identificado um dos skinheads do ataque em trem
A polícia já identificou um dos três skinheads suspeitos de terem obrigado dois jovens a pular de um trem em movimento na estação Brás Cubas, na Grande São Paulo. O skinhead deve se apresentar hoje à polícia, acompanhado de um advogado.
Os dois rapazes caíram de uma altura de três metros e estão internados, um deles em estado grave. Flávio Augusto do Nascimento Cordeiro, de 16 anos, perdeu o braço direito. Cleiton da Silva Leite, de 20 anos, teve traumatismo craniano e está sendo mantido em coma induzido, segundo o Bom Dia São Paulo, da TV Globo.
Além do depoimento de testemunhas, que presenciaram as ameaças feitas aos jovens, a polícia conta com imagens dos três gravadas pelas câmaras de monitoramento da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Flávio também deve ser ouvido pela polícia nesta terça-feira. Se ficar comprovado, não será o primeiro ato de violência praticado por skinheads em São Paulo. Em fevereiro de 2000, um adestrador de cães foi morto por um grupo de skinheads quando passeava de mãos dadas com o namorado na Praça da República, no centro da cidade. Quatro skinheads foram condenados pela Justiça e outros quatro ainda aguardam julgamento.
Identificados skinheads acusados de agressão em SP
Um dos três jovens skinheads acusados de obrigar dois adolescentes a jogarem-se de um trem em movimento deve apresentar-se hoje ao 2º Distrito Policial de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.
De acordo com a polícia, o jovem que se apresentará hoje tem 24 anos e vive na cidade de Mogi. O nome do acusado não foi divulgado para não prejudicar as investigações, disse a polícia.
A polícia já identificou os outros dois skinheads suspeitos de terem participado da agressão, mas eles não devem comparecer à polícia hoje. Segundo o delegado Renato de Almeida Barros, que comanda as investigações, os três podem ser indiciados por tentativa de homicídio.
Os investigadores chegaram até o jovem de 24 anos a partir de imagens do circuito interno de TV da estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
De acordo com o 2º Distrito Policial de Mogi das Cruzes, o skinhead deve se apresentar ainda hoje à polícia acompanhado por um advogado. As imagens do circuito interno mostram ele e mais dois homens carecas vestidos com jaquetas verdes deixando um trem momentos depois da agressão.
Também hoje, a polícia deve conversar com o jovem Flávio Augusto do Nascimento Cordeiro, de 16 anos, que teve o braço amputado na queda. Ele está internado, mas passa bem.
O outro rapaz, Cleiton da Silva Leite, de 20 anos, sofreu traumatismo craniano, com exposição de massa encefálica. Ele está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensivo (UTI) do Hospital Regional de Mogi das Cruzes. Ele sofreu um corte profundo na testa, foi operado na noite de ontem e encontra-se em coma, respirando por aparelhos.
Skinheads. Quem são?
Skinheads, ou neonazistas, que no caso de São Paulo também são conhecidos como Carecas, com integrantes em diversas regiões onde há um grande número de adeptos, são pessoas, geralmente homens, que cultuam alguns dos preceitos do nazismo. No Brasil, os skinheads praticam agressões contra nordestinos, negros, extrangeiros e homossexuais. No exterior, ciganos e judeus estão também entre as vítimas.
Em 2002, a Justiça de São Paulo condenou David Alves dos Santos Júnior, de 22 anos, a cumprir pena de cinco anos e oito meses de prisão em regime semi-aberto. David, integrante de um grupo skinhead, participou do espancamento que resultou na morte do adestrador de cães Edson Neris da Silva, em fevereiro de 2000.
Já Henrique Velasco, de 25 anos, foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão pelo mesmo crime. O assassinato de Edson ocorreu em fevereiro de 2000.
Surge CD com novas imagens dos skinheads
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) dispõe de um novo CD com imagens bem mais nítidas dos três skinheads embarcando no trem de onde obrigariam dois jovens a se atirar da composição em movimento, na região de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, no último domingo.
O disco será entregue depois à polícia. A idéia é tentar ajudar as autoridades na identificação dos outros dois skinheads que participaram da violência.
ANARQUISTAS CONTRA O RACISMO, O PRECONCEITO E A DISCRIMINAÇÃO!!
NAZI-FASCISMO NÃO SE DISCUTE, SE COMBATE!!
FORA SKINHEADS RACISTAS!!
URL:: http://www.anarquismo.org Atualizaçâo abaixo......
21/05/2011 as 09h14min 462 já pessoas leram essa noticia
Acusado de forçar jovens a pular de trem é condenado
Uma das vítimas morreu e a outra perdeu um braço em Mogi das Cruzes.
Flavio Cordeiro considerou a pena injusta. Brasil - O juiz Alberto Alonso Muñoz condenou na noite desta sexta-feira (20) Juliano Aparecido de Freitas, o Dumbão, a 24 anos e 6 meses de prisão por obrigar dois jovens a pular de um trem em movimento há oito anos na cidade de Mogi das Cruzes, Grande São Paulo. Cleiton da Silva Leite, então com 20 anos, morreu. O amigo que estava com ele, Flavio Augusto do Nascimento Cordeiro, que tinha 16 anos na época dos fatos, perdeu um braço em função da queda.
Apesar da condenação, ele poderá recorrer da sentença em liberdade em razão de um habeas corpus obtido no Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado de defesa, Adriano Moyses Kawasaki, disse que irá recorrer.Obs: a maê do acusado trabalha no forum de mogi das cruzes
Além de Dumbão, outros dois réus que ainda não foram a julgamento respondem por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e tentativa de homicídio. Para o Ministério Público, Dumbão e os outros dois acusados – Vinícius Parizatto, o Capeta, e Danilo Gimenez Ramos – são skinheads, grupo que costuma ser conhecido por pregar a discriminação contra negros, homossexuais, judeus e nordestinos. Na noite do crime, em 7 de dezembro de 2003, as vítimas Cordeiro e Leite usavam camisetas com nomes de bandas punk.
O julgamento, iniciado por volta de 13h, ocorreu no Fórum de Mogi das Cruzes. O juiz Alberto Muñoz pronunciou a sentença, após a votação do júri, às 21h35.Inocente
Ao ser interrogado, à tarde, o réu negou ter cometido o crime. “Compareci aqui com o coração aberto, sem culpa alguma”, disse ele aos sete jurados. No processo, os outros dois réus também negaram ter jogado Leite e Cordeiro do vagão do trem em movimento. O caso ocorreu em uma composição da linha E da CPTM, próximo à Estação Brás Cubas.
O processo contra os três réus foi desmembrado e cada um responde aos crimes em separado. Segundo o TJ-SP, a estimativa é que Parizatto seja julgado em 15 de maio de 2012. A data do júri de Ramos ainda não foi marcada. A defesa de ambos recorre da decisão da Justiça.
Na época do caso, os agressores foram identificados após serem reconhecidos por testemunhas. As imagens deles foram gravadas pelas câmeras de segurança da CPTM e divulgadas. O momento do salto e a queda das vítimas também foram filmados pelo sistema interno da rodovia. As cenas mostram o desespero das vítimas obrigadas a pular.Sentença
Ao ler a sentença, o juiz condenou Dumbão a 16 anos e quatro meses de prisão pela morte de Leite. E reduziu essa pena à metade, somando oito anos e dois meses de reclusão, pela tentativa de matar Cordeiro.
Na saída do Fórum, Flavio Cordeiro, que perdeu o braço no acidente, disse não ter achado justa a sentença. “Foi uma pena baixa. Com certeza eu sairia mais satisfeito se ele tivesse saído algemado. Mas é um passo dado. Estou consciente de que vamos sair vitoriosos.” Ao longo dos quase oito anos do crime, a vítima contou que nunca conversou com o réu. Questionado sobre o que falaria a ele, demorou a responder: “eu diria: ‘seja homem e fale o que você fez. Seja digo e diga a verdade’”.
Para ele, foi “complicado” estar no julgamento. “É complicado ter que relembrar tudo, passar pelas perguntas do advogado (de Dumbão). Eu sei o que aconteceu comigo”, disse ele, que apesar de discordar da decisão do juiz, afirmou estar “aliviado”. Questionamentos
A mãe de Cleiton da Silva Leite também não gostou de saber que o rapaz acusado de matar seu filho está livre. “Assassino tem que ir para a cadeia. Volto (para casa) um pouco chateada. A pergunta que eu tenho a fazer para ele é: ‘qual a razão de destruir a vida do meu filho? Ele tem pai? Tem mãe?’”, questionou a dona de casa Olivina Rosa da Silva Leite, 66. Ela estava acompanhada do marido, Aurino da Silva Leite.
Emocionada desde que o julgamento começou, Olivina precisou deixar o Fórum à tarde para descansar na casa de uma amiga. Também tomou remédio para a pressão alta e voltou à noite a fim de acompanhar o fim da sessão, à qual ela e o marido não tiveram acesso por determinação do juiz.Dever cumprido
O promotor Marcelo Oliveira disse deixar o Fórum “com a sensação de dever cumprido”, mas não deixou de criticar a decisão do magistrado de permitir que o réu aguarde o julgamento do recurso no STF em liberdade. “Não consigo compreender uma decisão dessa. Esse sujeito jamais poderia responder em liberdade.”
Já o advogado Adriano Moyses Kawasaki saiu em defesa de seu cliente. “Responder em liberdade é um direito.” Ele disse não se sentir derrotado pelo fato de Dumbão ter sido sentenciado em 24 anos e seis meses de prisão. “Vou recorrer porque a pena foi um pouco exagerada.” O réu deixou o prédio pelos fundos e não falou com a imprensa.
Fonte: G1 Fonte: Obs:
Olha a frase que esse advogado falou... Um pouco exagerada e porque não foi o filho dele...
Advogado e bicho bandido..! advogado do satanás
Realmente eles legislam a favor do dinheiro e não da justiça...
Veja também abaixo....
Veja 10 crimes de ódio que chocaram o Brasil
Crimes de ódio são motivados pelo ápice do preconceito de um indivíduo ou grupo contra determinada vítima. Muitas vezes, os envolvidos nunca se cruzaram na rua, mas religiões diferentes, ideologias ultrapassadas dos tempos da 2° Guerra Mundial ou a abominação contra a cor ou etnia de alguém pode ser determinante para uma tragédia. Veja crimes de ódio que chocaram o país
Há inclusive uma lei para punir tais crimes. O artigo 20 da Lei 7716/89 pune com pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa a divulgação de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou nacionalidade por qualquer meio de comunicação. Confira, a seguir, alguns casos de crimes impulsionados pelo ódio que chocaram o País nos últimos anos.