quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Crimes de ódio e preconceito que


Chocaram o Brasil...........
Reprodução
Crimes de ódio e preconceito que chocaram o Brasil
Tragédias movidas pelo ódio e pelo preconceito destroem vidas e enlutam cada vez mais o Brasil. Para alguns grupos, diferenças raciais, de etnia, de nacionalidade ou de opção sexual se tornam motivos para espancamentos e até assassinatos.
Confira, a seguir, alguns casos de crimes impulsionados pelo ódio que chocaram o País nos últimos anos.

Chacina da Candelária

Cerca de 70 pessoas dormiam sob as marquises da igreja da Candelária em uma noite de julho de 1993. Dois carros chegaram e deles saíram homens que assassinaram, a tiros, oito moradores de rua com idades entre 11 e 22 anos. Eram crianças e jovens miseráveis, muitos deles órfãos, que morreram sem explicação.
A investigação mostrou a participação de policiais militares na chacina. Os motivos que levaram os agentes de segurança a realizarem o massacre, que chocou o País e levantou questões sobre os direitos humanos e a violência urbana no Rio, ainda não são totalmente conhecidos. Mesmo dentre os sobreviventes, 39 deles morreram de causas violentas nos anos seguintes. Para o fato não cair no esquecimento, uma cruz com o nome dos meninos foi colocada em um jardim em frente à Igreja.
Foto: José Carlos Pereira de Carvalho/vc repórter

Carecas do Brasil atacam gays

Era 2 de dezembro de 1993. Quatro integrantes do movimento conhecido como Carecas do Brasil chegaram à manifestação pelo Dia Mundial de Luta Contra a Aids na Cinelândia, no Rio, com paus e pedras e começaram a agredir homossexuais. As vítimas protestavam contra o preconceito que os aidéticos sofriam. Quatro manifestantes acabaram feridos. Os carecas chegaram a perseguir representantes do grupo gay Atobá até a Estação do Metrô, onde os agrediram a socos, pauladas e pontapés.
Foto: Sergio Masson/Futura Press

Skinheads obrigam jovens a pular de trem

Em dezembro de 2003, dois jovens foram obrigados a pular de um trem em movimento perto da estação Brás Cubas, em São Paulo. Os acusados eram skinheads, e teriam confundido as vítimas com membros do movimento punk. Na ocasião, Cleiton da Silva Leite, 20 anos, morreu. Outra vítima, Flávio Augusto do Nascimento Cordeiro, acabou gravemente ferido e chegou a ter um braço amputado.
O sobrevivente descreveu a abordagem dos skinheads, que estariam armados com soco inglês, tchaco e punhal. Disse que no dia do crime ele vestia com uma camisa de uma banda e por isso teria sido confundido com um punk. O jovem negou pertencer ao movimento. Um dos acusados do crime, Juliano Aparecido de Freitas, foi condenado semana passada a 24 anos e seis meses de prisão.
Foto: Simone Sartori/Terra

Skinhead é morto por punks em SP

Em 2007, um jovem de 22 anos foi morto por um grupo de punks na rua Augusta, em São Paulo. Sem chance de reação, Ricardo Cardoso levou facadas nas costas e golpes de barra de ferro na nuca.
A vítima teria sido atacada, segundo a polícia, por causa de uma rixa anterior e pelo fato de pertencer a um grupo de skinheads nacionalistas rivais aos punks. Cardoso já teria se envolvido em outras brigas entre gangues anteriormente.
Foto: Marco A. Gonçalves/Futura Press

Punks matam entregador de pizza em SP

Três punks foram presos em 2007 acusados de matar um entregador de pizza em um terminal de ônibus no centro de São Paulo. Os suspeitos teriam gritado ‘aqui é punk!’ e exigido pagar apenas R$ 0,60 por um pedaço de pizza que custava R$ 1. Um dos jovens, de 22 anos, teria agredido um funcionário com uma vassoura. Outro punk, de 19 anos, teria tirado uma faca do casaco e atingido outro trabalhador no peito. A vítima foi encaminhada para o Hospital Vergueiro, mas não resistiu aos ferimentos.
Foto: Ricardo Matsukawa

Neonazistas agridem negro no RS

Em 2009, a Polícia Militar do Rio Grande do Sul prendeu dois suspeitos de terem ligação com o movimento neonazista no Estado. Testemunhas afirmaram que ambos pretendiam urinar no saguão da estação Mercado quando foram vistos por um segurança negro. A dupla teria então feito referência à sua cor e discutido com ele. O segurança foi esfaqueado no pescoço e sobreviveu ao ataque. Um dos acusados era suspeito de três tentativas de homicídio contra judeus na cidade.
Foto: Brigada Militar-RS/Divulgação

Neonazistas matam casal em aniversário de Hitler

Em 21 de abril de 2009, seis pessoas teriam participado de uma trama para assassinar um casal em uma festa em comemoração ao 120º aniversário do líder nazista Adolf Hitler, em Quatro Barras (PR). A vítima, Renata Waeschter Ferreira, 21 anos, namorava Bernardo Dayrell Pedroso, 24 anos, que para a polícia era líder do movimento no Paraná. Ele e Renata foram assassinados por pessoas que faziam parte do mesmo grupo e divergiam, especialmente de Bernardo, em algumas questões, e não os queriam mais no poder. Segundo a polícia, o grupo paranaense pretendia criar uma ONG para atrair simpatizantes de Adolf Hitler e constituir um partido político e iniciar um projeto para a criação de um novo Estado.
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra

Gays atacados na avenida Paulista

Em novembro de 2010, um fotógrafo e um estudante estavam juntos em um táxi e foram atacados. Quando o grupo de agressores se aproximou, teria dito que eles eram ‘um casal’, os chamado de homossexuais e agredido os dois com socos na cabeça. O fotógrafo correu para o Metrô, mas o estudante foi espancado com uma lâmpada fluorescente. Ele foi encaminhado para o Hospital Oswaldo Cruz, medicado e liberado.
Foto: Werther Santana/Agência Estado

Agredidos por estarem de mãos dadas

Em dezembro, em outro caso na avenida Paulista, um estudante e um operador de telemarketing, ambos de 28 anos, foram agredidos na avenida Paulista, zona central de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os jovens disseram que apanharam por serem homossexuais. No entanto, os dois ataques em um intervalo de tempo inferior a 30 dias não são relacionados, segundo o delegado assistente do 5° DP (Aclimação), Renato Felisoni, que investiga os casos. Porém, de acordo com ele, o motivo para ambos foi homofóbico.
Foto: Samir Baptista/Terra

Atirador invade escola do Rio e mata 12 alunos

Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril de 2011. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.
O caso ganhou repercussão também pelas possíveis motivações para o ataque. Fotos e vídeos forma divulgados posteriormente. Em um vídeo, Wellington justificou o massacre por ter sido vítima de bullying praticado por ‘cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem’. Na casa dele, foram encontradas ainda diversas anotações que mostraram uma fixação pelos ataques de 11 de setembro de 2001. Além disso, havia manuscritos de cunho religioso em sua residência, que diziam, dentre outros itens, que ele não poderia ser tocado por ‘impuros’.
Foto: Secretaria de Segurança Pública/Divulgação

Leia mais: http://tudoglobal.com/blog/capa/130937/crimes-de-odio-e-preconceito-que-chocaram-o-brasil.html#ixzz252JUpFpk




Sexualidade e Crimes de Ódio-  
O documentário "Sexualidade e Crimes de Ódio" é o primeiro filme alternativo dirigido e produzido por Vagner de Almeida e co-produzido por Richard Parker. Este documentário busca ser uma forma de protesto diante da extrema brutalidade cometida contra os homossexuais no Brasil. Crimes de ódio, oriundos de diferentes segmentos da sociedade. Crimes de Ódio na
 Internet

   
Crimes de Ódio na Internet - Sergio Suiama  
Integra da palestra do procurador federal Sergio Suiama no seminário de Crimes de Ódio na Internet, realizado em 15 de junho de 2007 pela FIERJ em conjunto com a OAB-RJ

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