Para prisão de PMs da Rota
As imagens de câmeras de monitoramento e uma ligação telefônica que  duraram 12 minutos foram determinantes para a prisão de três policiais  da Rota --grupo da Polícia Militar--, suspeitos de torturar e matar um  homem detido após um tiroteio na Penha, zona leste de São Paulo. 
As imagens foram registradas por câmeras da concessionária que  administra a rodovia Ayrton Senna, onde os três policiais estacionaram o  carro e permaneceram por 12 minutos. Mesmo horário e minutos em que a  central da PM recebeu a denúncia de uma testemunha descrevendo o que  estava acontecendo no local. Na ligação foi possível ouvir o som dos  tiros disparados contra o homem. 
O assassinato ocorreu após tiroteio entre suspeitos e policiais na noite  de segunda-feira (28) em um lava-rápido e estacionamento da rua Osvaldo  Sobreira. 
Segundo a polícia, o grupo planejava uma ação para libertar um detento  que seria transferido do CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém,  na capital paulista, para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (611  km de SP). 
A ação terminou com seis suspeitos baleados. Todos foram socorridos, mas  um dos carros da Rota desviou do caminho para o hospital. Os três  policiais pararam o veículo no km 1 da Ayrton Senna, onde começaram a  agredir o suspeito ferido, de acordo com relato da testemunha à polícia. 
Em entrevista na terça-feira (29), o diretor do DHPP (Departamento de  Homicídio e Proteção à Pessoa), Jorge Carrasco, o tenente-coronel da  Rota, Salvador Madias, e o corregedor da PM, coronel Rui Conegundes,  afirmaram que toda a operação da polícia foi legítima, com exceção da  postura dos três PMs que teriam matado o suspeito. 
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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TIROTEIO
Uma equipe de 24 policiais da Rota chegou ao lava-jato na Penha a partir  de uma denúncia feita para o quartel da companhia. Na entrada,  encontraram um homem, que entregou a arma e não resistiu à prisão. 
Quando entraram no estabelecimento, o grupo teria começado a atirar nos  policiais, que revidaram. Nenhum policial ficou ferido na ação. 
Dos seis mortos no tiroteio de ontem, apenas três foram identificados:  Claudio Henrique Mendes da Silva, José Carlos Arlindo Júnior, 35,  procurado por furto, roubo e homicídio, e Antônio Marcos dos Santos, 35,  procurado por tráfico. 
Outros três suspeitos foram presos: Fabiana Rufino de Souza, Luci Maria  Pereira Ramos, 48, e Ricardo dos Santos Souza, 34 --os dois últimos já  eram procurados sob suspeita de roubo, formação de quadrilha, tráfico e  porte de arma. Cinco pessoas conseguiram fugir. 
| Eduardo Anizelli/Folhapress | ||
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| Policiais da Rota na frente de lava-rápido onde seis criminosos foram mortos em confronto com a polícia | 
 
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