Pelé chega aos 70 anos como o eterno “Rei do Futebol”. Nascido em Três Corações, em Minas Gerais, filho de Celeste Arantes e de João Ramos do Nascimento, o Dondinho.
Apesar de os pais sempre incentivarem o garoto nos estudos, desde jovem Pelé queria ser jogador de futebol. Por isso Pelé passava todo e qualquer momento livre no dia nos campos de futebol do bairro batendo bola com os amigos. Aos 15 anos de idade, assinou o primeiro contrato como jogador do Santos, em 1956.
Pelé chegou no Santos como um desconhecido, mas logo se tornou o principal jogador do time. Na foto, ele posa ao lado de Athie Jorge Curi e Modesto Roma, dirigentes santistas na época, após marcar quatro vezes na goleada de 6 a 1 sobre o Corinthians, em dezembro de 1958.
Nilton Santos e Pelé comemoram primeiro títlo mundial do Brasil em 1958, após vencer a equipe da Suécia por 5 a 2, em Estocolmo.
A seleção de 1958 tinha no ataque Didi, Mazzola, Pelé e Pepe. O quarteto ofensivo é considerado por muitos amantes e especialistas do futebol como o melhor que já existiu.
Com apenas 17 anos, Pelé muda o rumo da Copa do Mundo e recebe o troféu de revelação da competição de 1958, na Suécia, em eleição de jornal russo
Apesar de ser até hoje o mais jovem campeão mundial, Pelé manteve a simplicidade após o título com o selecionado nacional em 58. Na foto, ele brinca no jardim da casa simples onde a família morava em Três Corações.
Em 1959, cumprindo seu dever cívico, Edson serviu ao Exército do Brasil por um curto tempo indeterminado e continuou jogando no Santos
O presidente João Goulart cumprimenta Pelé pela conquista do segundo título mundial da seleção brasileira, em 1962.
Quando Pelé e Garrincha jogaram juntos pela seleção brasileira, o time nacional nunca perdeu uma partida. Na foto, ambos deixam o campo depois do empate em 0 a 0 contra a Tchecoslováquia, na copa de 1962, no Chile
Pelé posa ao lado de sua mãe, Celeste, e o pai, Dondinho, no retorno do atleta bicampeão mundial com o Brasil. Neste mesmo ano ele seria campeão mundial e da Libertadores com o time do Santos.
Em 1963, após derrotar os argentinos do Boca Juniors por 2 a 1, o Santos abriria caminho para o segundo título mundial, levando o segundo caneco da Copa Libertadores. Na tentativa de parar Pelé, um defensor do Boca quase arrancou o calção do Rei.
Em pleno Maracanã, contra o Milan-ITA, o Santos se consagraria bicampeão mundial, com o craque Pelé liderando o time na goleada por 4 a 2.
Ao lado do companheiro de seleção canarinha, Dino Sani, pouco antes da Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. Caçado pelos adversários, Pelé não passaria do primeiro jogo, quando deixou o campo carregado. Sem ele, a equipe terminaria eliminada na primeira fase.
O ano de 1966 também seria marcado pelo primeiro casamento do craque com Rosemere Cholbi, com quem teve três filhos – Kelly Cristina, o ex-goleiro Edinho e Jennifer.
Depois de mais de uma década como jogador profissioal, Pelé chega o gol 1000, marcado em 19 de novembro de 1969, às 23h11, no jogo Santos 2 x Vasco da Gama 1
Em uma época amadora, jornalistas e torcedores não viram motivo para não invadirem o campo e levar o astro nos ombros em comemoração ao milésimo gol do “Rei do Futebol”.
Na Copa do Mundo do México, em 1970, Pelé seria finalmente consagrado pelo mundo como o melhor de todos os tempos. Na foto, Pelé cabeceia a bola que terminaria na defesa do goleiro inglês Gordon Banks. Para muitos especialistas é um dos momentos mais belos do esporte.
A lendária camisa “10″, que se tornaria o objetivo de todo craque, surgiu por um mero acaso. Em sua estreia pela seleção o Rei usara o “9″, mas foi inscrito com a “10″ por engano na copa de 1958, quando ainda era apenas um reserva. No final, o número virou símbolo do bom futebol.
A copa de 70 também eternizou o “soco no ar”, a comemoração clássica do “Rei” e que foi imitada por inúmeros profissionais, amadores e “peladeiros” ao longo dos anos.
Após vencer a Itália por 4 a 1, com um verdadeiro show de bola do time verde e amarelo, a torcida invadiu o campo e deixou o Rei apenas de cueca, já que toda sua roupa foi arrancada por fãs que queriam uma lembrança do momento. Para “compensar”, o rei ganhou uma “coroa” tipicamente mexicana. Esta seria a última Copa do Rei; em 74 o Brasil vivia o ápice da ditadura militar e o craque se recusou a competir.
Em 1974 o Rei se despedia de sua primeira “corte”. Após 18 anos vestindo as cores do Santos, o Pelé mudaria seu reinado para os EUA.
No Cosmos de Nova Iorque, Pelé jogaria mais dois anos. Muitos torcedores se sentiram traídos pelo craque, que mudou de clube para ganhar mais dinheiro e fazer seu “pé de meia” para a aposentadoria.
O último jogo de Pelé por um clube ocorreu no Giants Stadium, antiga casa do time de futebol americano NY Giants. O Cosmos venceu o Santos por 2 a 1, com um gol de Pelé. O Rei jogou um tempo por cada time e saiu de campo sob muitos aplausos gritos de “Love, love” (amor, amor).
Na década de 80 se envolve em um relacionamento com a então aspirante a modelo Xuxa Meneguel.
Em 1994, Pelé se casaria pela segunda e última vez com Assíria, com quem foi casado até 2008.
Depois de algum tempo sem trabalhar diretamente com futebol, Pelé assumiu o Ministério dos Esportes entre 1995 e 1998. Seu principal legado no cargo foi a lei Pelé que acabou com a “indústria” dos passes no futebol e foi definitivo para a modernização do esporte no Brasil. na foto, Pelé participa dos jogos dos Povos Indigenas.
Depois de deixar o cargo público, Pelé se tornou coordenador das categorias de base do Santos, em 1999, mas antes do final do ano ele já havia deixado o cargo.
A consagração máxima veio em 2000, quando venceu o argentino Armando Maradona em eleição realizada pela FIFA e ganhou o prêmio de atleta do século
Deixando de lado o “protocolo”, Pelé comemora com Ronaldo o pentacampeonato da seleção brasileira em 2002, na Copa do Mundo da Coréia e do Japão
Também em 2002, Pelé assumiu que a fisioterapeuta Flávia Kurtz era sua quarta filha, fruto de um relacionamento fora do casamento com Rosemere, em 1968. Uma quinta filha, Sandra Regina, falecida em 2006, nunca foi reconhecida por Pelé, apesar de um teste de DNA ter confirmado a ligação.
O documentário “Pelé Eterno”, de 2004, dirigido por Anibal Massaini Neto, foi a obra mais detalhada já feita sobre a vida do astro “Pelé Eterno” recriou através de animação 3D o gol que o próprio Pelé definiu como o mais belo de sua carreira, mas que não foi registrado nem por fotos. Em um jogo contra o Juventus da Mooca (SP), em 1959. Pelé teria dado um “chapéu” em quatro adversários seguidos, incluindo o goleiro, finalizando a jogada de cabeça.
O documentário “Pelé Eterno”, de 2004, dirigido por Anibal Massaini Neto, foi a obra mais detalhada já feita sobre a vida do astro “Pelé Eterno” recriou através de animação 3D o gol que o próprio Pelé definiu como o mais belo de sua carreira, mas que não foi registrado nem por fotos. Em um jogo contra o Juventus da Mooca (SP), em 1959. Pelé teria dado um “chapéu” em quatro adversários seguidos, incluindo o goleiro, finalizando a jogada de cabeça.
O Juventus homenageou o Rei em 2006, com um busto no estádio Conde Rodolfo Crespi, na lendária Rua Javari.
Em 2005, Pelé fica abalado ao descobrir que o filho e ex-goleiro do Santos, Edinho, estava envolvido com o crime organizado e o tráfico de drogas.
Pelé se encontra em 2007 com o ídolo Nelson Mandela, no aniversário de 89 anos do ex-presidente sul-africano.
Os reis Pelé e Roberto Carlos se encontram nos bastidores de um show em 2009. Pelé se aventurou algumas vezes pelo mundo da música, mas nenhum de seus discos foi considerado um sucesso de vendas como os ingressos para suas partidas pela equipe do Santos.
Pelé também apoiou e foi fundamental para a campanha que em 2007 elegeu o Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014.
O presidente Luís Inácio Lula da Silva e o Rei se abraçam em 2009 para celebrar a escolha do Rio de janeiro como a casa dos jogos olímpicos de 2016.
Na entrada da cidade de Três Corações foi inaugurada uma estátua para homenagear o filho pródigo da cidade no ano do seu 70º aniversário
Em julho de 2010, ao lado da criançada, Pelé participa do evento que re-inaugurou o time do New York Cosmos. O time havia encerrado as atividades em 1985, agora volta com a promessa de honrar o nome da última camisa que o Edson Arantes do Nascimento vestiu como atleta.